2 de agosto de 2006

Nunca mais

Nunca mais
A tua face será pura limpa e viva
Nem o teu andar como onda fugitiva
Se poderá nos passos do tempo tecer.
E nunca mais darei ao tempo a minha vida.

Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
A luz da tarde mostra-me os destroços
Do teu ser. Em breve a podridão
Beberá os teus olhos e os teus ossos
Tomando a tua mão na sua mão.

Nunca mais amarei quem não possa viver
Sempre,
Porque eu amei como se fossem eternos
A glória, a luz e o brilho do teu ser.
Amei-te em verdade e transparência
E nem sequer me resta a tua ausência.
És um rosto de nojo e negação
E eu fecho os olhos para não te ver.

Sophia de Mello Breyner

4 comentários:

caps disse...

sophia de mello breyner, o equivalente ao xanax...

Tresloucada disse...

parvo!!!

caps disse...

"Nunca mais
A tua face será pura limpa e viva
Nem o teu andar como onda"zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

Tresloucada disse...

conforme os casos! se interpertares isto de outra forma q n a normal...vais entender