De que tuneis viscosos e recônditos
Aparece esta gentinha
De que caves bolorentas e peganhentas
Imergem criaturas tão mesquinhas
Ainda há pouco vi alguém usar
A fragilidade de almas demasiado humanas
Ao mesmo tempo que
Disseminava a pobreza de espírito
Com palavras eloquentes e gestos mundanos
Devolvam-me a dignidade dos vampiros
Que com inteligência e elegância
Utilizam a sua natureza para propagar a espécie
E garantem a sobrevivência, não esquecendo a dor
Lacinante, intensa do último suspiro
Mas – não peço – aviso!
Tirem-me da frente
As sanguessugas emocionais
Que eu sem remorso nem hesitação, atiro
Nessa raça repelente
Parasitas sem capacidade
De amar, sentir
Sofrer ou sorrir.
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